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MB – Ação Inédita na Segurança do Estádio Beira-Rio


Nelson Düring e
Ricardo Fan
DefesaNet

 

Há 12 sedes de jogos da Copa 2014 no Brasil, muitas em cidades localizadas na costa do litoral brasileiro, tais como Fortaleza, Natal, Recife, Salvador e em próximos a grandes rios como Manaus.
 
Porém, só uma sede tem o estádio às margens do mar ou rio, que é Porto Alegre. Aliás não um, mas dois, o estádio oficial Beira-Rio para os jogos  e a Arena do Grêmio, usada para treinamento das seleções.
  
O estádio Beira-Rio está nas margens do agora reconhecido pelos geógrafos como Lago Guaíba.
 
Para mostrar este ineditismo e caso único dos sistemas de segurança e defesa adotados pelos Centros de Defesa de Área em todo o país o DefesaNet acompanhou as ações do 5º Distrito Naval, durante o jogo Holanda e Austrália (18JUN14).
 
Um fria manhã, com água gélida e um forte vento persistente tornavam a navegação no Lago Guaíba muito similar ao nível 1 de ondas em ambiente oceânico.

A localização do estádio na parte mais ampla do Lago dependendo do vento pode tornar as ondas bem problemáticas para a navegação. Em especial pela baixa profundidade em muitos locais e pedras no leito do lago..
 
Passam pelo canal do Lago embarcações carregadas de produtos químicos e petroquímicos para o Polo Petroquímico de Triunfo, graneleiros e conduzindo adubos assim como uma linha de passageiros em catamarans, ligando Porto Alegre à cidade de Guaíba. Todo o fluxo de grandes barcos está em transito para ou do Porto de Rio Grande.
 
O controle foi estabelecido no eixo Norte – Sul.
 
A primeira preocupação é com a regularidade e controle da navegação convencional. Documentação e registros das embarcações são verificadas ao passarem pelo Farol de Itapuã (Posição  SUL), divisa do lago Guaíba e Lagoa dos Patos e próximo à ponte do Guaíba (Posição Norte).
 
Assim o local onde está o estádio Beira-Rio fica totalmente sob controle para as navegação dasgrandes embarcações.
 
Participam desta atividade as seguintes embarcações:

– R-21 Rebocador de Alto-Mar Tritão (ao largo do estádio Beira Rio);
– V-15  Corveta Imperial Marinheiro, e,   
– H-18 Navio-balizador Comandante Varela (junto à Travessia Guaiba) (parte Norte).

Para uma segurança aproximada ou ameaças assimétricas e no caso de alguém tentar furar o círculo de segurança no entorno ao estádio Beira-Rio por água, ou outra situação.
 
Neste caso são empregadas oito lanchas e inclusive Jet-skis pela maior velocidade e rapidez de intervenção. Porém, a forte correnteza, com as últimas chuvas carregam muitos objetos, que ficam parcialmente submersos podendo tornar perigosa a navegação para barcos rápidos e leves.

Do ar um helicóptero Esquilo do Grupamento baseado em Rio Grande vigia a área incorporando-se ao demais da Brigada Militar e Exército.
 
A ação é comandada pelo  Vice-Almirante, Leonardo Puntel, Comandante do 5° Distrito Naval, no Lago Guaíba. Participa também a Capitania dos Portos de Porto Alegre, liderada pelo Comandante Zampieri  Ao todo são mobilizados cerca de 400 homens, entre marinheiros destes 40 são Fuzileiros Navais.
 
Ações terroristas? Nesta parte a MB simplesmente informou que é responsabilidade da Polícia Federal. Também não confirma se há membros dos GRUMEC (Grupamento dos Mergulhadores de Combate) para abordagem.
 
Ele trabalha em cooperação estreita com a Polícia Federal, que também possui barcos-patrulha no Guaíba e Jacuí
 
Os navios e meios empregados na segurança do Guaíba são em sua maioria subordinados ao Grupamento de Patrulha Naval do Sul e empregados nas operações de busca e salvamento nas águas do Sul do Brasil.

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